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sábado, 9 de abril de 2022

"Os super-heróis dos alimentos: os superalimentos!" por Sandrina Martins


Já estamos habituados a que determinados vocábulos comecem a fazer parte do nosso quotidiano.
A palavra “superalimentos” surgiu há algum tempo e difundiu-se à velocidade da luz, fazendo parte de inúmeros blogues dedicados à alimentação alternativa, livros de receitas e até medicamentos e suplementos vitamínicos.

Mas haverá alimentos “mais super” do que outros? 

Este termo não é oficial e não reúne consenso dentro da comunidade médica e científica, mas teve um poder tão magnetizante, que muita gente depressa ficou a saber o que eram as bagas de goji, o açaí, as sementes de chia, a linhaça, a quinoa, trigo espelta, a maca e a spirulina, entre outros! 

Invadiram as prateleiras de supermercado e lojas de produtos naturais, infiltraram-se nas receitas tradicionais para dar um toque moderno e até gourmet e a listagem de benefícios que nos podem oferecer é digna de leitura!

Eu cá sou daquelas que gosto de experimentar novidades (para não morrer estúpida, como se diz popularmente)! E, por exemplo, da pequena lista que enunciei acima, gosto das bagas de goji que compro ocasionalmente (simples ou num mix com outros frutos), uma boa colherada de linhaça moída casa-se perfeitamente com um iogurte natural, e a quinoa e o trigo espelta, já têm um lugarzinho na despensa junto do arroz e da massa, pois conquistaram as papilas de todos cá de casa.

E estes alimentos até têm histórias muito curiosas. Lembro-me de que o meu primeiro contacto com a quinoa foi numas fatias de pão de uma marca muito conhecida. Na própria embalagem havia uma referência ao facto da quinoa quase se ter extinguido. Foi a base da alimentação dos povos nativos dos Andes durante muitos anos e veneravam-na como uma deusa, dada a sua importância. Quando os espanhóis chegaram à América do Sul para a difusão do Cristianismo, não gostaram muito da ideia de existirem pessoas a venerar cereais como divindades. Arrasaram as culturas de quinoa e implantaram a presença do trigo e da cevada, altamente consumidos na Europa. Ainda bem que a quinoa não se perdeu para sempre! Muitos dos superalimentos acabam por ser um pouco exóticos para nós e acho muito interessante saber mais sobre as suas origens e formas de utilização.

E afinal, quais são as vantagens destes alimentos?

Segundo análises feitas, possuem um elevado teor de certas vitaminas e sais minerais, fibras e anti-oxidantes, que se traduzem em ótimos escudos contra o envelhecimento celular, fortalecem o sistema imunitário, ajudam na redução do colesterol e na prevenção de doenças e contribuem para ficarmos mais elegantes.

Na verdade, possuem tudo o que podemos encontrar nos outros alimentos! Ok, se calhar a concentração de nutrientes é superior, mas isso não fará deles a última bolacha do pacote!

Sou totalmente apologista de que, no nosso regime alimentar, tudo pode entrar nas quantidades certas, sem exageros. O importante é mesmo variar e estes alimentos também têm o seu espaço.

Não nos esqueçamos de que a dieta mais adaptada ao nosso estilo de vida, ao nosso clima e à nossa posição geográfica continua a ser a Dieta Mediterrânica. Reconhecida pela UNESCO, reúne aquilo que nos preenche: sopa, grelhados de peixe ou carnes brancas, fruta e legumes, azeite como gordura preferencial, água ou infusões e vinho com moderação. A somar a isto, o convívio salutar à mesa e tempo ao ar livre.

Resumindo, se eles são muito super ou nem por isso, pouco importa. Aconselho vivamente que façam uma incursão no mundo destes alimentos, quanto mais não seja para saberem um pouco mais sobre eles e para tornarem a vossa alimentação mais variada.

Da minha parte, vou ali ao supermercado e já volto, porque da lista que enunciei ainda não experimentei a maca e a spirulina fiquem bem!

                                                                                                       
                                                                                                      (texto da autoria de Sandrina Martins)

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