Como duas modas virais adoçaram as redes sociais, mas também os nossos cinco sentidos!
Nos últimos anos, as redes sociais transformaram-se no novo palco de tendências gastronómicas, onde doces totalmente desconhecidos se transformam em fenómenos incrivelmente globais, como se de um só e autêntico estalar de dedos se tratasse!
E foi assim que, entre vídeos com milhões de visualizações e partilhas incessantes, dois protagonistas simplesmente se destacaram recentemente: o luxuoso e exuberante Chocolate do Dubai, por um lado, e o delicado e caliente Morango do Amor, por outro!
É que, embora completamente distintos na sua origem, proposta e estética, ambos conquistaram o público com a mesma fórmula infalível — uma combinação perfeita e irresistível de sabor, sensação e emoção, em que, de confeitaria artesanal "saltaram" para as mãos dos consumidores a nível global!
Mas afinal, qual o verdadeiro percurso de cada um e quais as suas origens e receitas originais até ao impacto cultural que em muito pouco tempo têm ao mesmo tempo provocado um olhar cada vez mais atento à doçaria que se reinventa, readapta e viraliza nos tempos digitais atuais?
Chocolate do Dubai: o luxo que se saboreia
Criado por Sarah Hamouda em 2021, fundadora da Fix Dessert Chocolatier, nos Emirados Árabes Unidos, o Chocolate do Dubai nasceu de um desejo pessoal por algo indulgente, texturizado e diferente de tudo que já existia. Com a ajuda do chef filipino Nouel Omamalin, nasceu a primeira barra: Can’t Get Knafeh of It, inspirada no doce árabe knafeh.
Feito com camadas de pistache cremoso, tahini, massa kataifi crocante e envolto em chocolate de leite de alta qualidade, o resultado é uma explosão de sabores e texturas, visualmente elegante e de presença marcante. A estética luxuosa — muitas vezes finalizada com folha de ouro comestível — tornou o doce um ícone de glamour gastronómico.
O fenómeno ganhou escala global após viralizar no TikTok e Instagram, com vídeos de influenciadores a abrir as barras e mostrar o recheio cremoso em câmera lenta. Marcas pelo mundo inteiro, inclusive em Portugal, passaram a lançar versões próprias — quase sempre esgotadas no dia do lançamento.
Morango do Amor: a simplicidade que emociona
Por outro lado, o Morango do Amor é um exemplo encantador de como a nostalgia e a criatividade se encontram. Inspirado na clássica maçã do amor, esta versão com morangos começou a ganhar destaque em 2025, sobretudo no Brasil, durante as festas juninas.
A receita viral combina morangos frescos e firmes, recheados com brigadeiro cremoso (ou outros doces) e mergulhados numa fina camada de calda de açúcar vermelho, que endurece ao ar, criando uma cobertura brilhante e crocante. Visualmente apelativo, saborosamente simples — e absolutamente fotogénico.
Um marco importante na história do Morango do Amor foi a vitória da confeiteira Cláudia Maria Nicoleti, do Sul de Minas Gerais, num concurso gastronómico nacional em 2025. Com sua receita original e inovadora, Cláudia levou o doce a um patamar de reconhecimento formal, ajudando a transformar essa delícia numa verdadeira febre nacional. A sua dedicação e talento foram fundamentais para levar o Morango do Amor dos lares mineiros para o palco nacional, inspirando confeitarias e entusiastas de todo o Brasil.
Dois fenómenos, dois mundos
Apesar de estarem em extremos opostos — o Chocolate do Dubai como símbolo de sofisticação e o Morango do Amor como símbolo de afeto e memória — ambos partilham algo essencial: a capacidade de encantar. Seja pela estética, pelo sabor ou pela emoção envolvida, essas sobremesas provaram que doces não são apenas para comer: são para viver.
Em conclusão, as modas virais de sobremesas refletem muito mais do que gostos passageiros. Elas mostram como o digital redefine o que consumimos — e como consumimos.
Ou seja, entre o requinte do Chocolate do Dubai e a ternura do Morango do Amor, há uma verdade comum — as pessoas procuram sabores que emocionem, surpreendam e se partilhem com orgulho.
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