domingo, 13 de novembro de 2022

"A Coudelaria de Alter e o Museu de Falcoaria em Alter do Chão!" por Mónica Rebelo

Neste artigo, vou descrever somente acerca das 2 grandes experiências passadas aquando da minha estadia no Hotel Vila Galé em Alter do Chão****, por isso não saia do seu lugar, meu caro leitor!

 

Eis que o meu relógio se aproxima das 10h30 da manhã, num certo dia do passado mês de agosto, correspondendo exatamente à hora em que tinha ficado agendada, na receção do Hotel, a visita guiada à Coudelaria de Alter e ao Museu da Falcoaria!

Fundada a 9 de dezembro de 1748, pelo rei D. João V (…) tinha como objetivo criar bons cavalos de sela para a corte.

Hoje, é daqui que saem todos os exemplares utilizados pela Escola Portuguesa de Arte Equestre.

Atualmente conta com cerca de 500 cavalos, dos quais cerca de 400 são puro-sangue Lusitano, explica a guia no início da visita, que começa numa antiga capela e inclui uma eguada virtual.

Marcados com o Ferro AR – Alter Real, são dóceis o que permite um contacto próximo com os visitantes, como se observa no Páteo D. João VI, dedicado aos machos.


Distinguem-se pela sua cor própria, o castanho.


E a escolha do nome dos poldros tem regras: a primeira letra indica o ano em que nasceu – o Q identifica 2020 – e a primeira letra da segunda sílaba é a inicial do pai.

A visita segue para o Páteo das Éguas, onde os poldros fazem graças enquanto as fêmeas comem.


Por fim, chega-se à casa dos trens, que exibe uma coleção de carros de cavalos do século XIX.

Alguns ainda são usados em atividades equestres, competições e passeios pelo campo ou até Alter do Chão.” (fonte: https://www.vilagale.com/media/2083049/feel-n%C2%BA46_pt-online_baixa.pdf )

E sabia que a centenária Feira de São Marcos, em abril, é hoje uma festa do cavalo por excelência? Por isso, a 24 de abril, costuma acontecer o leilão de cavalos Alter Real protagonizado pela coudelaria, inscreva-se!

Passemos então agora ao Museu de Falcoaria, no qual tive a grande oportunidade de explorar o mundo das aves de rapina, ouvindo ao mesmo tempo algumas histórias e curiosidades por parte de um dos falcoeiros da casa, fantástico!

Desde dezembro de 2016 que a falcoaria em Portugal é considerada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, devido à sua importância histórica e para garantir a tradição.

Além de atividade cinegética, tem sido usada na proteção de espécies em perigo ou para afastar outras aves em aeroportos, evitando acidentes com aviões, por exemplo.

Aqui encontram-se algumas das mais conhecidas aves da falcoaria como os Açores, de médio porte, ou a Águia-Real, uma das maiores, cuja envergadura das asas pode chegar a 2 metros.

Mas o lugar de destaque vai para o falcão Peregrino, tido como o animal mais rápido do mundo: o seu voo picado pode chegar aos 385 quilómetros/hora.

E ainda para o Gerifalte, falcão eleito pela corte para caçar, mas que só podia ser usado pelo rei. Era tão importante que chegou a ser parte de dotes e oferecido em visitas diplomáticas.

Durante a visita pode observar-se a relação entre as aves e os falcoeiros da F&C-Falcoaria e Cetraria, baseada na cumplicidade, confiança, paciência e disciplina.

A visão é dos sentidos mais apurado. E o corpo é suportado por ossos ocos para que sejam leves. As mais de 7.000 penas são naturalmente renovadas todos os anos.

Nesta mostra está ainda exposto muito equipamento essencial à prática de falcoaria como caparões, luvas, porta-picadas - onde se guarda pedaços de carne para dar às aves durante o treino como reforço positivo – e até trajes antigos e de outros países.” (fonte: https://www.vilagale.com/media/2083049/feel-n%C2%BA46_pt-online_baixa.pdf )


      Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa.

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