domingo, 3 de julho de 2022

"Borscht - da Ucrânia, Rússia e não só!" por Jack Soifer


Tendo eu pais Eslavos, e trabalhado como consultor na Rússia, EUA, etc, é natural que descreva alguns dos pratos lá saboreados.

 

Borscht é a sopa de beterraba vermelha, nome também da sopa sem beterraba, borscht branco com batatas, e borscht de couve. Como nas receitas anteriores, as variações dependem daquilo que as famílias pobres podem comprar ou colher. Até hoje é normal, no Leste, as famílias terem acesso a um pequeno troço de horta comunitária, terra cedida pelo Concelho, onde plantam o básico para a sua alimentação. Consoante o solo, clima, acesso a água e período do ano, colhem diferentes produtos.

Borscht deriva de um antigo cozido a partir de caules em conserva, folhas e uma planta herbácea crescida em prados húmidos, que emprestou o seu nome ao prato. Com o tempo, evoluiu para uma variedade de sopas. O borscht vermelho à base de beterraba, é fácil de obter na Ucrânia, Rússia e Leste Europeu. Pode-se enriquecer com carne, peixe, ou caldo de osso com legumes salteados. Em geral, inclui repolho, cenoura, cebola, batatas e até tomate. Pode ser servida quente ou fria e pode variar de uma refeição saudável de um pote a um caldo claro. É servida com smetana, ovos cozidos ou batatas, mas há uma ampla escolha de guarnições. Smetana é um produto lácteo produzido com creme de leite. É similar à nata culinária (28% de gordura), mas hoje em dia tem 9% a 30% de teor de gordura láctea, consoante o país.



Na Ucrânia, a maioria da classe média, enriquece borscht com picado de pato, ganso ou partes de galinha. Na Rússia, em Moscovo, com picado de carne ou salsicha; na Sibéria, com almôndegas de carne ou frango; no Sul, com almôndegas de pescado. Na Polónia é a entrada tradicional na noite de Natal, com cabeça de peixe cozida.

No Verão, no borscht frio adiciona-se iogurte ou kefir e picado de nabo, pepino e até cebola (ligeiramente aquecida e depois resfriada) e, no prato, meio ovo cozido, duro e adornado com hortelã ou manjericão. O grande trabalho que dá a sua preparação, leva-a a ser oferecida quando há convidados. Às vezes, aos domingos e nos grandes feriados, a minha mãe fazia-a quando os meus tios e primos vinham à nossa casa, dez adultos e 18 crianças.

A sua popularidade espalhou-se pela Europa de Leste e, pela emigração, para longe do Império Russo, a outros continentes. Na América do Norte, borscht está, em geral, na mesa de judeus ou menonitas, os grupos que o trouxeram pela primeira vez. Vários grupos étnicos reivindicam borscht, nas suas várias formas locais, como seu próprio prato nacional. É normal em refeições rituais nas tradições religiosas ortodoxas orientais, católicas gregas, católicas romanas e judaicas.

YES, WE CAN – SAUDÁVEL E VARIÁVEL!

 (texto da autoria de Jack Soifer)

3 comentários:

  1. Que maravilha! Eu já comi o ano passado no pavilhão da Rússia na Festa do Ávante! Parabéns caro Jack!

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    1. Muito obrigada pelo seu comentário, volte mais vezes!
      Obrigada pela atenção,
      com os melhores cumprimentos,
      Mónica Rebelo,
      fundadora da Revista P´rá Mesa em www.pramesa.pt
      e detentora d Blog Cozinha Com Rosto em www.cozinhacomrosto.pt

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